
Uma série familiar cujo personagem
protagonista Jefferson Pierce, que há anos
aposentou o traje do Raio Negro e trabalha como diretor do
colégio Garfield High School, o herói é dividido com Jennifer e Anissa suas duas
filhas que descobriram os poderes recentemente e com Lynn, sua
ex-esposa e um atual interesse romântico mal resolvido.
Série intercala cenas de lutas repletas de
efeitos especiais e explosões, com jornadas simultâneas e é isso que faz
com que a série não perca o seu interesse em momento nenhum. Enquanto Jefferson
recomeça sua carreira como justiceiro e sente os impactos disso em tudo que
construiu em sua vida pessoal no tempo em que ficou parado, Anissa e Jennifer
lidam de formas distintas com a descoberta dos poderes. A filha mais velha do
Raio Negro abraça os poderes e se torna uma vigilante treinada pelo pai, ao
passo que a caçula rejeita a mudança em um primeiro momento. Os caminhos que as
duas trilham na série são coerentes com suas personalidades e rendem bons
momentos de embate familiar - seja quando Anissa desafia os pais insistindo em
defender a cidade ou quando a recusa de Jennifer em aceitar sua situação coloca
Jefferson e Lynn em uma discussão sobre o que pode ou não ser considerado
normalidade.
Os episódios trazem assuntos fortes com o debates
reflexivos no centro da trama. Os criminosos da série fogem do clichê. Eles são
criminosos por um sistema falho que não deram oportunidade ou fingem que deram
oportunidade. O descaso da população e das autoridades são as ferramentas que
criam Lala (William Catlett), mais vítima do que antagonista na série.
Raio Negro é aquela série que nem a gente
sabia que precisava e facilmente ocupa o primeiro lugar no ranking das melhores
séries baseadas em personagens da DC Comics no ar atualmente.